Circular 04/2016.

Circular 04/2016.
Assunto: Eleições 2016.
Bragança Paulista, 13 de julho de 2016.
“Peço a Deus que cresça o numero de políticos capazes de entrar num autêntico diálogo que vise efetivamente sanar as raízes profundas e não à aparência dos males do nosso mundo. A politica, tão denegrida, é uma sublime vocação, é uma das formas mais preciosas da caridade, por que busca o bem comum. Temos de nos convencer que a caridade ‘é o principio não só das micro-relações estabelecidas entre amigos, na família, no pequeno grupo, mas também das macro-relações como relacionamentos sociais, econômicos, políticos’. Rezo ao Senhor para que nos conceda mais políticos, que tenham verdadeiramente a peito a sociedade, o povo, a vidas dos pobres. É indispensável que os governantes e o poder financeiro levantem o olhar e alarguem as suas perspectivas, procurando que haja trabalho digno, instrução e cuidado sanitários para todos os cidadãos. E por que não acudirem a Deus pedindo-lhe que inspire os seus planos? Estou convencido de que, a partir de uma abertura à transcendência, poder-se-ia formar uma nova mentalidade politica e econômica que ajudaria a superar a dicotomia entra a economia e o bem comum social” (Evangelii Gaudium, nº 205).
Caro irmão Presbítero,
Saudações Fraternas!
Considerando as eleições municipais deste ano de 2016; considerando e atendendo o pedido de alguns irmãos, apresento as Orientações Diocesanas para nortear o procedimento das Paróquias, Comunidades, Pastorais, Movimentos e Grupos que devem ser compreendidas juntamente com os subsídios: Mensagem da CNBB para as Eleições 2016 e a Cartilha de Orientação Politica – A Igreja e as Eleições 2016 – o Cidadão Consciente participa da Politica, CNBB – Regional Sul II. Fone (41) 3224-7512.
As dependências do Templo, celebrações litúrgicas, mormente a Eucaristia não sejam utilizadas para a apresentação de candidatos e candidatas a cargos eletivos com seus respectivos programas de ação.
Após ouvir o CPP – Conselho de Pastoral Paroquial, ou as lideranças, o pároco julgue se é oportuno possibilitar aos membros da Comunidade, ouvir as propostas dos candidatos e candidatas. Caso julgue pelo sim, lembre-se de que deverá abrir espaço a todos os partidos que desejarem fazê-lo.
O Salão Paroquial ou Centro Pastoral, sejam os espaços para a apresentação dos candidatos e candidatas, de suas propostas político-partidárias, e debate com a Comunidade, tendo como critério fundamental o diálogo.
Jornais, Panfletos e “Santinhos” dos candidatos e candidatas não sejam distribuídos nas portas das Igrejas ao final das celebrações.
Os jornais e Boletins paroquiais sejam instrumentos para a Divulgação do Ensino Social da Igreja a respeito da Política que visa à dignidade da pessoa humana e a busca do bem comum, sem identificação partidária.
A partir da proposta do Evangelho e do Magistério da Igreja, os presbíteros lembrem-se da exigência de evangelizar o mundo da política e assim colaborar para a formação da consciência política dos membros da Comunidade (Documento de Puebla, no. 515).
Reiteramos as disposições do Código de Direito Canônico: Cân. 287 §1o e 2o, sobre a participação ativa dos Clérigos nos partidos políticos e na direção de associações sindicais. Nenhum Clérigo incardinado, ou com uso de ordem nesta Diocese está autorizado a inscrever-se em partido político, sindicato, ou ser candidato, visto não se configurarem às situações previstas no §2o do Cân. 287.
Todos os Clérigos estão sujeitos às disposições dos Câns. 1339 §1o, 2o e 3o, e 1371 §2o.
Os clérigos devem promover sempre a paz e a concórdia, fundamentadas na justiça, Cân. 287 §1o.
Os leigos e leigas que na Comunidade Cristã exerçam algum ministério, sobretudo, de Coordenação de alguma atividade, ao se candidatarem a cargos eletivos, coloquem o seu ministério à disposição do pároco.
Sob a proteção de Maria, Mãe da Igreja Evangelizadora, participemos na construção de uma sociedade justa e solidária.
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Dom Sérgio Aparecido Colombo
Bispo Diocesano
“Como aquele que serve”